Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, após crescer 0,6% nos primeiros três meses do ano, a economia brasileira surpreendeu analistas e obteve expansão de 1,5% no segundo trimestre frente os primeiros três meses do ano, somando R$ 1,2 trilhão. É a maior alta desde o primeiro trimestre de 2010. Com crescimento de 3,9%, a indústria agropecuária foi o destaque positivo, seguida pela indústria que cresceu 2% e serviços que registrou 0,8% de aumento.
Todos os subsetores que formam a indústria apontaram resultado positivo na comparação com o primeiro trimestre do ano, com destaque para os desempenhos da construção civil (3,8%), indústria de transformação (1,7%), extrativa mineral (1,0%) e eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,8%). Dentre os serviços, o principal ponto positivo foi o crescimento do comércio (1,7%).
Os dados foram recebidos com entusiasmo cuidadoso tanto pelo governo quanto pela iniciativa privada. "O pior passou, o fundo do poço foi superado", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Nosso desafio agora é manter a expansão do investimento", disse o presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Já para o presidente do conselho de administração do Bradesco, Lázaro Brandão, o resultado mostra "que temos condições de retomar o crescimento sustentável".
Outra boa notícia foi o segundo trimestre, assim como o primeiro, ter um padrão em que, em vez do consumo familiar, indústria e investimentos puxam o crescimento.
A indústria, com alta de 2% no trimestre passado, teve o melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2010, quando estavam em vigor os incentivos da chamada política "anticíclica" contra a crise mundial.
Agropecuária em alta. Principal destaque da pesquisa do IBGE, a indústria agropecuária cresceu 13,0% em relação a igual período do ano anterior. O bom resultado foi impulsionado pelo desempenho de alguns produtos da safra do segundo trimestre, como a soja (23,7%), o milho (12,2%), feijão (8,4%) e arroz (2,9%), segundo o LSPA de julho divulgado recentemente.
Indústria de transformação. De acordo com o IBGE, a alta do PIB acima das expectativas é justificada pelo desempenho mais vigoroso da indústria de transformação. Nesse setor, investimentos em máquinas e equipamentos, equipamentos médico hospitalares e na indústria automobilística foram destaques.
Fontes: Estadão, IGBE, Blog NEI.